Padre Antônio Vieira
Padre Antônio Vieira nasceu na cidade de Lisboa (Portugal) em 6 de fevereiro de 1608. Formou-se noviço em 1626, e além de teologia estudou lógica, física, metafísica, matemática e economia. Lecionou humanidades e retórica em Olinda e em 1634 foi ordenado sacerdote, na Bahia. Ele foi um importante religioso, orador, e escritor português do século XVII. Atuou, no Brasil, como missionário católico, da Companhia de Jesus, defendendo a liberdade dos indígenas brasileiros. É considerado um dos principais escritores e oradores sacros do barroco brasileiro, por ter escrito sermões que se tornaram importantes exemplos da literatura barroco brasileira. Além disso, foi o responsável pelo desenvolvimento da prosa. Ele Escreveu 200 sermões - entre os quais pode-se destacar o "Sermão da Sexagésima" -, cerca de 500 cartas e profecias que reuniu no livro "Chave dos Profetas", que nunca acabou. Em seus sermões polêmicos, criticava entre outras coisas, o despotismo dos colonos portugueses, a influencia negativa que o Protestantismo exerceria na colônia, os pregadores que não cumpriam com seu ofício de catequizar e evangelizar (seus adversários católicos) e a própria Inquisição, defendia os índios e sua evangelização, condenando os horrores vivenciados por eles nas mãos de colonos e os cristãos-novos (judeus convertidos ao Catolicismo) que aqui se instalaram. Padre Antônio Vieira morreu na cidade de Salvador (Bahia) em 18 de julho de 1697 aos 89 anos.
- Sermão de Santo Antônio aos Peixes
- Descrevo que era Realmente Naquele Tempo a Cidade da Bahia
- Sermão da Sexagésima
- Sermão da Quinta Dominga da Quaresma
- Sermão do Bom Ladrão
- Sermão do Mandato
- Sermão do Espírito Santo
- Sermão Pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal, contra as da Holanda
- Sermão de Nossa Senhora do Rosário
Frases
- "Sem Angola, não há negros e sem negros não há Pernambuco."
- "Ódio e Amor são os dois mais poderosos afetos da vontade humana."
- "Para falar ao vento bastam palavras;, mas para falar ao coração são necessárias obras."
Gregório de Matos Guerra: o Boca do Inferno
Gregório de Matos e Guerra foi um importante poeta colonial brasileiro do século XVII. Nasceu em 7 de abril de 1633, na cidade de Salvador (Bahia). Gregório era o terceiro filho de um fidalgo português, estabelecido no Recôncavo baiano como senhor de engenho, e de uma brasileira. Ao contrário dos irmãos mais velhos que não se adequaram aos estudos e dedicaram a ajudar o pai na fazenda, Gregório recebeu instrução na infância e adolescência. Era de uma família rica, formada por empreiteiros e altos funcionários administrativos. Estudou num colégio Jesuíta da Bahia, continuou seus estudos na cidade de Lisboa e depois na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito. Neste país fez carreira de jurista. Ao retornar ao Brasil, passou a viver de trabalhos na área jurídica, mas também começou sua dedicação à literatura. Passou a escrever sátiras sobre a sociedade da época. Em função de suas críticas duras aos integrantes da sociedade (políticos, religiosos, empresários) ganhou o apelido de “boca do inferno”. Também escreveu poemas de caráter erótico e amoroso. As autoridades locais começaram a ficar descontentes com as críticas e passaram a perseguir Gregório de Matos, preso em 1694 e foi deportado para Angola (África). Depois de um tempo, ganhou a autorização para retornar ao Brasil. Porém, viveu na cidade de Recife. Nesta cidade, Gregório faleceu. A morte ocorreu em 26 de novembro de 1696, causada pela febre que havia contraído em Angola. Segundo os estudiosos, nesses momentos finais de vida, tornou-se mais devoto e deu vazão à poesia religiosa, em que pede perdão a Deus por seus pecados. Vale lembrar que a fama de Gregório de Matos - um dos grandes poetas barrocos não só do Brasil, mas da língua portuguesa - é devida a uma obra efetivamente sólida, em que o autor soube manejar os cânones da época, seja de modo erudito em poemas líricos de cunho filosófico e religioso, seja na obra satírica de cunho popularesco. O virtuosismo estilístico de Gregório de Matos não encontra um rival a altura na poesia portuguesa do mesmo período.
- Inconstância das coisas do mundo!
- Amor fiel
- Todo
- Soneto VII
- A Jesus Cristo Nosso Senhor
- Senhora Dona Bahia
- Se...
- Anjo Bento
- E isto é o Amor?
- As cousas do mundo
Por: Ilara Machado e Luiza Batista.
Pessoal, na parte em que vocês explicam quem são, vocês usaram a palavra preparamento. Acho que queriam dizer preparação, não é?
ResponderExcluirSim, desculpe-nos Melina!
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